Já imaginou viajar sozinha gastando menos, vivendo experiências mais autênticas e ainda fazendo conexões reais pelo caminho? A economia colaborativa em viagens torna tudo isso possível — e mais acessível do que você imagina.
Ao trocar serviços, compartilhar trajetos ou se hospedar com anfitriãs locais, você não só economiza, como também mergulha na cultura do lugar de um jeito muito mais próximo e humano. Neste artigo, vou te mostrar como esse modelo funciona na prática, quais plataformas usar com segurança, e por que ele tem tudo a ver com quem viaja sozinha em busca de liberdade, significado e autonomia.
O que é economia colaborativa e como ela funciona nas viagens
A economia colaborativa é um modelo baseado na troca, no compartilhamento e na confiança entre pessoas. Em vez de depender apenas de empresas tradicionais, viajantes e moradores locais se conectam para oferecer e receber serviços diretamente — seja uma carona, um quarto, uma refeição ou até uma experiência cultural.
Nas viagens, essa lógica transforma totalmente a forma de explorar o mundo. Ao invés de apenas consumir, você participa ativamente, cria laços, aprende com o outro e ainda reduz gastos. Tudo isso é facilitado por plataformas digitais que fazem a ponte entre quem oferece e quem precisa — com avaliações, perfis verificados e regras claras de convivência.
Mais do que uma tendência, a economia colaborativa conecta pessoas e interesses, valoriza recursos que já existem e promove um estilo de vida mais consciente, acessível e cheio de propósito.
Quais são os 3 elementos da economia colaborativa?
Esse modelo de consumo se apoia em três pilares essenciais:
- Plataformas digitais que conectam quem oferece com quem precisa.
- Confiança entre os participantes, geralmente construída por meio de avaliações, perfis verificados e comunicação aberta.
- Uso compartilhado de recursos, como casas, carros, tempo ou habilidades, promovendo um consumo mais consciente e acessível.
Economia colaborativa: vantagens e desvantagens para quem viaja sozinha
Viajar sozinha já é, por si só, um ato de liberdade e autoconhecimento. Quando você adiciona a economia colaborativa à equação, os benefícios se multiplicam. Um dos maiores atrativos é a possibilidade de economizar — seja com hospedagem, transporte ou alimentação — sem abrir mão da qualidade e da segurança. Além disso, esse modelo favorece experiências mais humanas, autênticas e conectadas à cultura local.
Por outro lado, é importante estar atenta aos desafios. Algumas plataformas exigem planejamento, tempo para verificar perfis e disponibilidade que pode variar bastante dependendo do destino. Também é essencial adotar cuidados extras com segurança, principalmente ao se hospedar na casa de alguém ou aceitar uma carona.
A boa notícia é que, com as escolhas certas, a economia colaborativa pode ser uma aliada poderosa na sua viagem solo. Ela incentiva a confiança, fortalece redes de apoio e te coloca em contato com pessoas que compartilham dos mesmos valores — tornando cada viagem mais leve, significativa e transformadora.
Principais formas de economia colaborativa em viagens
A economia colaborativa está presente em várias etapas da viagem: hospedagem, transporte, alimentação e até nos passeios. Com a ajuda de plataformas digitais, você encontra alternativas econômicas, seguras e mais humanas — ideais para quem viaja sozinha e busca experiências autênticas.
Hospedagem
A hospedagem costuma ser um dos custos mais altos de uma viagem solo. Sem alguém para dividir a conta, o valor de diárias pode pesar bastante no orçamento — principalmente em destinos turísticos ou durante a alta temporada.

Na economia colaborativa, você encontra alternativas acessíveis (ou até gratuitas), que oferecem muito mais do que uma cama: proporcionam conexões reais e experiências únicas.
Veja algumas opções:
- Couchsurfing – Comunidade global onde moradores oferecem um sofá, um quarto ou um espaço simples, sem custo. Ideal para quem busca vivência local e novas amizades.
- Couchers.org – Alternativa gratuita e sem fins lucrativos ao Couchsurfing, com foco em hospitalidade autêntica, perfis verificados e valores de transparência.
- BeWelcome – Plataforma colaborativa e aberta, criada por voluntários. Promove trocas culturais entre viajantes e anfitriões, com total gratuidade.
- HomeExchange – Permite trocar casas com pessoas do mundo todo, seja de forma simultânea ou com pontos. Ótima para quem quer conforto e economia, mesmo em destinos caros.
- TrustedHousesitters – Oferece hospedagem gratuita em troca de cuidados com animais e com a casa. Ideal para quem ama pets e deseja experiências mais tranquilas.
Essas plataformas combinam economia, acolhimento e propósito — valores que fazem toda a diferença em uma viagem solo.
Transporte
Se deslocar entre cidades ou explorar o destino de forma independente também pode representar uma fatia significativa dos custos de viagem — especialmente para quem viaja sozinha e precisa arcar com tudo sozinha. A boa notícia é que existem diversas soluções colaborativas que tornam o transporte mais acessível, flexível e até divertido.
Confira algumas plataformas que funcionam com base no compartilhamento e na confiança:
- BlaBlaCar – Plataforma de caronas entre cidades que conecta motoristas com lugares livres no carro a passageiros com o mesmo destino. Você escolhe com quem quer viajar e ainda divide os custos de combustível e pedágio. Mais econômico, social e sustentável.
- Turo – Funciona como um Airbnb de carros: proprietários alugam seus veículos diretamente a outras pessoas. Você encontra desde modelos básicos até carros de luxo, com preços mais acessíveis que locadoras tradicionais.
- Buser – Fretamento colaborativo de ônibus que oferece passagens com preços reduzidos em rotas regulares no Brasil. O serviço opera via app, com conforto, segurança e economia.
- Moobie – Aluguel de carros entre pessoas físicas, com seguro incluído. Disponível em várias cidades brasileiras, é uma alternativa prática para quem busca liberdade de locomoção sem custos abusivos.
- SnappCar – Plataforma europeia de carsharing entre pessoas, com foco na redução do número de carros nas ruas. O modelo incentiva o uso responsável e consciente de veículos particulares.

Essas opções oferecem mais autonomia para quem viaja sozinha, além de promoverem o uso inteligente dos recursos — conectando quem tem com quem precisa, de forma segura e eficiente.
Alimentação
Comer bem durante a viagem nem sempre precisa significar gastar muito em restaurantes. Para quem viaja sozinha, esse é um desafio ainda maior: muitos estabelecimentos não oferecem porções individuais, o que acaba forçando o consumo de pratos maiores — e, claro, mais caros.
A boa notícia é que a economia colaborativa também chegou à gastronomia, permitindo que você compartilhe refeições, participe de jantares caseiros ou aprenda receitas locais direto com quem vive no destino. É uma forma deliciosa de economizar, conhecer pessoas e mergulhar na cultura local de forma autêntica.
Veja algumas plataformas que conectam viajantes a anfitriões por meio da comida:
- EatWith – Refeições e experiências gastronômicas na casa de moradores locais, em cidades ao redor do mundo. Você pode escolher entre jantares completos, brunchs ou aulas de culinária com anfitriões apaixonados por receber.
- Withlocals – Além de tours personalizados, também oferece refeições preparadas por pessoas locais. Ideal para quem quer fugir do roteiro turístico e viver uma experiência mais pessoal e intimista.
- Traveling Spoon – Perfeito para quem ama cozinha caseira e quer aprender sobre ingredientes e tradições culinárias locais. Você pode participar de aulas ou ser recebido para um almoço autêntico em países da Ásia, Europa e América Latina.
- CozyMeal – Conecta viajantes a chefs locais para jantares, aulas de culinária e experiências gastronômicas personalizadas. Ideal para quem quer aprender e saborear a cultura do destino em ambientes autênticos.

Participar dessas experiências é mais do que uma forma de economizar: é uma chance de se conectar de verdade com a cultura do destino — pelo paladar e pela conversa à mesa.
Experiências e passeios
Explorar um destino vai muito além de visitar pontos turísticos. Para quem viaja sozinha, vivenciar o cotidiano local, aprender algo novo ou simplesmente se conectar com pessoas do lugar pode transformar a viagem em algo muito mais profundo.
A economia colaborativa oferece experiências culturais autênticas, muitas vezes gratuitas ou com preços acessíveis, organizadas por pessoas comuns — e não por grandes agências. É uma maneira de descobrir cidades com outros olhos e sentir que você faz parte de algo maior.
Conheça algumas plataformas que promovem esse tipo de vivência:
- Free Walking Tours – Passeios a pé gratuitos (com contribuição voluntária ao final) conduzidos por guias locais apaixonados por suas cidades. Uma ótima forma de aprender história, curiosidades e conhecer outros viajantes.
- GuruWalk – Plataforma global de free tours com guias independentes em centenas de cidades. Você escolhe o passeio, faz a reserva e decide quanto quer pagar depois da experiência.
- Showaround – Conecta viajantes a moradores locais que atuam como “amigos de cidade”, oferecendo tours personalizados e companhia para explorar lugares menos turísticos.
- ToursByLocals – Reúne guias locais experientes que oferecem passeios únicos e fora do roteiro tradicional. É uma forma de apoiar a economia local e viver experiências personalizadas.
- Lokafy – Foca na conexão humana: não são guias profissionais, mas moradores que compartilham sua cidade com autenticidade. A ideia é caminhar, conversar e vivenciar o cotidiano como uma local.
Essas experiências promovem o turismo mais consciente, social e participativo — e são ideais para quem viaja sozinha, mas não quer se sentir sozinha durante a jornada.

Economia colaborativa: exemplos práticos para inspirar sua próxima viagem
Ver a economia colaborativa na prática ajuda a entender seu potencial. Com pequenas escolhas, você economiza, se conecta com pessoas locais e vive experiências autênticas — mesmo viajando sozinha.
- Hospedagem com troca de cuidado: Em Londres, você pode cuidar de uma casa com pets usando o TrustedHousesitters. É uma forma gratuita e confortável de se hospedar, ideal para quem busca tranquilidade e rotina leve durante a viagem.
- Caronas compartilhadas com segurança: Vai de Paris a Lyon? O BlaBlaCar permite dividir os custos da viagem com motoristas avaliados e, se quiser, filtrar por mulheres. Mais econômico e humano que um trem tradicional.
- Jantar cultural em casa de locais: Plataformas como o EatWith oferecem jantares na casa de anfitriões apaixonados por gastronomia. Em Paris, por exemplo, você pode saborear um prato típico e ainda fazer novas amizades à mesa.
- Voluntariado com troca justa: Com Worldpackers ou Workaway, você pode ajudar em um projeto em Brighton ou Oxford em troca de hospedagem, refeições e vivência local — ótimo para quem tem tempo e quer fugir do turismo de massa.
- Troca de casas criativa: Com o HomeExchange, é possível trocar seu apê no Brasil por uma casa em Paris. A plataforma oferece flexibilidade e controle, sem custo com hospedagem.
Com escolhas como essas, sua viagem ganha mais significado — e você continua sendo dona do seu tempo, dos seus gastos e da sua experiência.
Economia colaborativa: aplicativos que facilitam a vida de quem viaja
Com tanta opção disponível, os aplicativos e plataformas digitais se tornaram verdadeiros aliados de quem busca viajar de forma mais econômica, consciente e conectada. Eles funcionam como pontes entre pessoas que têm algo a oferecer e aquelas que precisam — seja um quarto, uma carona, uma refeição ou uma experiência local.
Aqui estão alguns dos principais apps que você pode usar para aplicar a economia colaborativa nas suas viagens:
- Couchsurfing – Para encontrar hospedagem gratuita com moradores locais.
- HomeExchange – Troca de casas por pontos ou diretamente com outro usuário.
- TrustedHousesitters – Hospedagem gratuita em troca de cuidado com pets.
- BlaBlaCar – Caronas intermunicipais com motoristas verificados.
- Buser – Fretamento coletivo de ônibus com preços acessíveis.
- Turo – Aluguel de carros direto com o proprietário, estilo Airbnb.
- EatWith – Jantares e experiências gastronômicas na casa de anfitriões locais.
- Withlocals – Refeições e tours guiados por pessoas do destino.
- Traveling Spoon – Aulas e refeições com anfitriões em vários países.
- GuruWalk – Free walking tours conduzidos por moradores em todo o mundo.
- Showaround – Tours personalizados com guias locais não profissionais.
- ToursByLocals – Experiências imersivas com guias experientes e independentes.
- Worldpackers – Plataforma brasileira de voluntariado em troca de hospedagem.
- Workaway – Oportunidades em mais de 170 países, com foco em trocas culturais.
- WWOOF – Trabalho em fazendas orgânicas em troca de hospedagem e alimentação.
Com esses apps no celular, você tem em mãos um leque de possibilidades para gastar menos, viver mais e se sentir parte do lugar — mesmo viajando sozinha.
Mais que economia: conexões que transformam
Viajar sozinha é, por si só, um exercício de liberdade, autonomia e descoberta. Quando você incorpora a economia colaborativa nessa jornada, o caminho se torna ainda mais leve — e mais conectado com o que realmente importa: pessoas, experiências, trocas verdadeiras.
Ao escolher compartilhar, em vez de apenas consumir, você amplia seus horizontes, economiza com inteligência e vive o destino com mais profundidade. E o melhor: tudo no seu ritmo, do seu jeito.
A economia colaborativa não é só uma tendência. É uma forma de estar no mundo com mais consciência, generosidade e propósito — e pode transformar cada viagem em uma experiência única e inesquecível.
Perguntas Frequentes
Sim, desde que você escolha plataformas com boa reputação e avaliações de outros usuários. A maioria delas oferece perfis verificados, comentários públicos e sistemas de avaliação que ajudam a identificar anfitriões e viajantes com histórico positivo. Ainda assim, é importante manter o bom senso: leia atentamente as regras, converse com a pessoa antes de confirmar qualquer acordo e, sempre que possível, tenha um plano B.
Pode ser, sim — desde que você tome alguns cuidados extras. Dê preferência a plataformas que permitem filtrar anfitriãs mulheres, leia os comentários de outras viajantes e confie na sua intuição. Evite situações que te deixem desconfortável e, sempre que possível, mantenha alguém de confiança informado sobre seus planos. A economia colaborativa pode ser uma aliada poderosa, mas sua segurança e bem-estar vêm sempre em primeiro lugar.
Sim, a economia colaborativa pode ajudar a reduzir gastos com hospedagem, transporte e alimentação. Muitas experiências com moradores locais custam menos do que opções tradicionais e ainda oferecem mais autenticidade. Com planejamento e boas escolhas, é possível economizar sem abrir mão da qualidade da viagem.
A economia colaborativa, por depender da confiança entre pessoas, pode envolver riscos como cancelamentos, falhas de comunicação ou expectativas diferentes. Por isso, escolha bem a plataforma, leia avaliações e tenha sempre um plano B. Com esses cuidados, dá para minimizar imprevistos e aproveitar a experiência com mais segurança.r.