Conhecer o Cromeleque dos Almendres e a Anta do Barrocal foi uma das coisas mais interessantes e surpreendentes da viagem a Portugal. Situado a poucos quilômetros de Évora, na aldeia de Nossa Senhora de Guadalupe, o Cromeleque dos Almendres é considerado o maior conjunto megalítico da Península Ibérica, com 95 menires. Pertinho dali também tive a oportunidade de visitar a Anta do Barrocal. A região de Évora abriga muitos outros locais, onde é possível ver os traços deixados pelas civilizações pré-históricas.
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Monumentos Megalíticos
Para você entender um pouco mais, os monumentos megalíticos (mega de grande e lithos de pedra) são construções com blocos de pedras, feitas pelos povos da pré-história, que viveram no período neolítico. Foi nessa época que os povos deixaram de ser nômades e passaram a viver em sociedade, se fixando em determinadas regiões e criando esses monumentos que, acredita-se, terem como objetivo a prática de rituais religiosos, fúnebres e também o culto aos astros e a natureza.
Cromeleque dos Almendres
O Cromeleque dos Almendres só foi descoberto nos anos 60 pelo arqueólogo Henrique Leonor Pina. Na época, os menires estavam caídos por terra e sua atual disposição foi baseada em estudos que aconteceram dos anos 60 aos 90. Estes estudos também comprovaram que os menires tem origem entre o sexto e o quinto milênio antes de Cristo, o que o torna anterior ao famoso Stonehenge, localizado no sul da Inglaterra.
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Chegamos de carro e estacionamos a alguns metros da entrada. O caminho pela estradinha de terra batida tem diversos sobreiros – a árvore de onde se extrai a cortiça – e também a linda flor esteva, típica da região.
Ao chegarmos ao Cromeleque nos deparamos com uma espécie de clareira, onde estão dispostos os 95 menires de formatos e tamanhos diferentes, distribuídos em forma quase elipsoidal, com seu eixo orientado para o Este-Oeste.
Pensa na emoção de andar por entre os menires, que devem ter sido construídos por volta de 6 mil anos antes de Cristo. Realmente foi bastante emocionante imaginar como estas civilizações viviam e qual o sentido da disposição das enormes pedras.
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Que tipos de rituais eram feitos ali? Qual o sentido da posição de cada um deles? O que significam os desenhos incrustados nas pedras? Enfim, um lugar com uma aura totalmente mágica e misteriosa, que faz a nossa imaginação vagar e vagar.
O João Godinho e o Francisco Banha, da Backcountry Tours, com quem fiz o passeio, contam algumas histórias a respeito do local, mas isso deixo para você descobrir quando for vistar o Cromeleque, certo?
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Anta do Barrocal (ou de Tourega)
Mas nosso passeio não encerrou no Cromeleque dos Almendres. Perto dali fizemos outra parada na freguesia de Nossa Senhora de Tourega para conhecermos a Anta do Barrocal.
Desta vez tratava-se de um dolmem (ou Anta), um monumento megalítico funerário, também construído com pedras enormes que pesam toneladas e que se parecem com uma “casinha”. Nesta região há uma dezena de monumentos funerários como esse, o que faz crer ter sido a necrópole destas civilizações.
Nosso passeio seguiu para a Villa Tomana de Tourega, mas deixo para contar em outro artigo. Gostei tanto de conhecer estes locais que comecei a pesquisar mais sobre o assunto e pretendo voltar a Évora, em breve, para terminar de explorar essa região tão rica historicamente e visitar os outros pontos do roteiro Évora Megalítica.
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Informações Práticas
A instalação está em um propriedade particular, mas não há cobrança para a visita aos menires. Procurei por informações para chegar por conta própria, mas não encontrei nenhum transporte. Então, para visitar o lugar o ideal é você contratar um passeio privado ou alugar um carro para explorar a região.
Denise Tonin fez este passeio à convite da Backcountry Tours, porém o texto é isento e reflete a experiência real da autora durante o passeio.
2 comentários em “Cromeleque dos Almendres, o maior círculo de menires da Península Ibérica”
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Vou procurar, obrigada! bjos